Mãe detalha ofensas racistas sofridas pelo filho durante jogo de futebol no colégio PH
'Preto, bolsista e macaco': foram as ofensas racistas contra aluno do Colégio PH, diz mãe A mãe do adolescente vítima de uma agressão racista no Colégio P...

'Preto, bolsista e macaco': foram as ofensas racistas contra aluno do Colégio PH, diz mãe A mãe do adolescente vítima de uma agressão racista no Colégio PH, nesta quinta-feira (4), disse ao RJ2 que um aluno branco chamou seu filho de "preto, bolsista e macaco". As ofensas foram proferidas durante uma partida de futebol nas Olimpíadas Escolares, em uma confusão provocada por uma falta de jogo. Naquele momento, o agressor também teria imitado um macaco. "A gente não pode deixar isso passar impune", disse Tatiana Tatagiba. Ela registrou um boletim de ocorrência e uma investigação está em andamento na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). A atitude gerou uma reação imediata de outros estudantes que estavam no local. Imagens que circulam nas redes sociais mostram alunos repreendendo o ato e gritando "racista" para os agressores. Episódio de racismo gera confusão em colégio na Zona Sul Em nota, o colégio informou que aluno autor das ofensas não continuará na escola, e os alunos que ofendidos estão sendo acolhidos. (Veja íntegra no fim da matéria) A mãe do adolescente afirmou que tanto os funcionários quanto a diretora da unidade o acolheram e que ele se relaciona bem com a maior parte dos alunos. "Meu filho ama a escola, ele ama estudar", conta a mãe. Segundo ela, o menino até se emocionou quando foi aprovado para estudar no colégio, com bolsa. "Foi como se ele tivesse ganho a loteria." Mas essa não foi a primeira vez que o menino foi alvo de comentários racistas dos colegas. Quando o rapaz começou a namorar uma amiga, outro aluno teria dito "que ela ia subir o morro porque ela agora estava namorando um preto". Ele mora em Santa Teresa, com a família. Tatiane disse que o filho está abatido com a situação. "A gente está conversando com ele, explicando, como a gente sempre explicou, só que na hora que acontece é outro caso né", conta. O professor de História e especialista em Educação Antirracista acredita que o ambiente escolar reflete questões da sociedade e que há formas pedagógicas de combater o racismo. "A escola precisa criar condições que garanta a formação continuada de seus professores, que garanta uma preparação adequada de toda equipe de profissionais", disse. "As instituições escolares precisam se responsabilizar para encontrar ações efetivas, ações de caráter pedagógico para o enfrentamento ao racismo." O que diz o PH “A direção do Colégio tomou as medidas necessárias. O aluno autor das ofensas não continuará na nossa escola, e os alunos que foram alvo estão sendo acolhidos. Repudiamos qualquer atitude discriminatória. O ocorrido não condiz com os valores e diretrizes adotados pelo colégio, que zela pelo bem-estar e acolhimento de todos os seus alunos. Temos o compromisso com uma cultura antirracista, reafirmando que a construção de uma sociedade verdadeiramente inclusiva e igualitária é - e sempre será - uma responsabilidade diária do pH. Entre nossas ações permanentes, estão os projetos de Educação Decolonial Antirracista, o Percurso Antirracismo e Antidiscriminação, que se estende a todas as áreas e segmentos, além de programas estruturantes como as Equipes de Ajuda e o Programa Antibullying.” 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Colégio PH, na Praia de Botafogo. Reprodução